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22/03/2018 17:03
Política de ações afirmativas pauta o debate da Aula Magna da Uefs
A Aula Magna do semestre 2018.1 da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), evento realizado na segunda-feira (19), foi palco para debater o protagonismo das instituições de ensino superior públicas estaduais nas formulações das políticas de ação afirmativa no Brasil. A mesa de abertura foi composta pelo professor Evandro do Nascimento Silva, reitor, professora Norma Lúcia Fernandes de Almeida, vice-reitora e presidente da Comissão de Ações Afirmativas da Uefs, professora Marilene Lopes da Rocha, representante da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Daiana dos Santos Alcântara, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest/BA-Uefs), Alessandro Cerqueira Bastos, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a palestrante professora Elielma Ayres Machado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Durante pronunciamento, o reitor da Uefs, professor Evandro do Nascimento Silva, disse que o Brasil passa por um processo de retirada de direitos, de retrocesso, de precarização da universidade e considerar educação como um direito elementar que tem que ser garantido a todos, pressupõe, no âmbito da educação superior, “defender um projeto de universidade pública que garanta mais direitos; entender universidade como espaço de ampliação de direitos é, também, discutir, implementar e garantir políticas de ações afirmativas como temos feito, embora com as situações adversas vividas”.
De acordo com a professora Norma Lúcia Fernandes de Almeida, a implantação do sistema de reserva de vagas se deu em 2006 a partir de reivindicações do Movimento Negro com a aprovação da resolução 034/2006 do Conselho Superior (Consu) e “é necessário avançar nas discussões e garantir reserva de vagas para outros grupos historicamente excluídos a exemplo de trans e deficientes seja na graduação ou na pós-graduação”.
Segundo a representante da Adufs, professora Marilene Lopes da Rocha diante de tantas opressões e assassinatos, especialmente de jovens negros e negras que vivemos no Brasil “discutir políticas de ações afirmativas é, de fato, muito oportuno, pois as políticas de acesso e permanência não devem ser deixadas de lado em nenhum momento, e essas discussões devem se transformar em políticas de estado, de gestão da Uefs para esse público que sofre com o processo de exclusão por completo”.
O representante do DCE, Alessando Bastos, destacou que em 2018 é preciso lutar para garantir direitos conquistados. “Falar de políticas de ações afirmativas é permitir acesso, garantir a permanência e fazer da universidade um espaço acolhedor. Por isso, convido a todos os estudantes a se juntarem na defesa da universidade que é nossa”.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia - Sintest/BA-Uefs, Daiana dos Santos Alcântara lembrou que “é necessário refletir a política de acesso e permanência na Uefs não somente para estudantes, mas para os servidores técnicos e docentes”.
A palestrante, professora Elielma Ayres Machado, doutora em Antropologia Cultural, disse que “as universidades estaduais estão passando por um momento extremamente delicado e isso demonstra que elas têm um protagonismo muito próprio na mudança que está em curso na sociedade brasileira, ou seja, que é preciso ter uma universidade mais universal, com acesso mais democrático, com a permanência dos estudantes e que a diversidade seja respeitada e contemplada com a mudança de currículo, cursos oferecidos em horários alternativos e até no oferecimento da educação à distância entre outras ações”.
Participaram, ainda, da Aula Magna pró-reitores, diretores de Departamentos, coordenadores de Colegiados, estudantes, servidores técnicos e docentes e Maria de Lourdes Souza Santana, presidente do Conselho Municipal das Comunidades Negras, Indígenas e Quilombolas de Feira de Santana e do Núcleo Cultural, Educacional e Social Odungê.
Durante pronunciamento, o reitor da Uefs, professor Evandro do Nascimento Silva, disse que o Brasil passa por um processo de retirada de direitos, de retrocesso, de precarização da universidade e considerar educação como um direito elementar que tem que ser garantido a todos, pressupõe, no âmbito da educação superior, “defender um projeto de universidade pública que garanta mais direitos; entender universidade como espaço de ampliação de direitos é, também, discutir, implementar e garantir políticas de ações afirmativas como temos feito, embora com as situações adversas vividas”.
De acordo com a professora Norma Lúcia Fernandes de Almeida, a implantação do sistema de reserva de vagas se deu em 2006 a partir de reivindicações do Movimento Negro com a aprovação da resolução 034/2006 do Conselho Superior (Consu) e “é necessário avançar nas discussões e garantir reserva de vagas para outros grupos historicamente excluídos a exemplo de trans e deficientes seja na graduação ou na pós-graduação”.
Segundo a representante da Adufs, professora Marilene Lopes da Rocha diante de tantas opressões e assassinatos, especialmente de jovens negros e negras que vivemos no Brasil “discutir políticas de ações afirmativas é, de fato, muito oportuno, pois as políticas de acesso e permanência não devem ser deixadas de lado em nenhum momento, e essas discussões devem se transformar em políticas de estado, de gestão da Uefs para esse público que sofre com o processo de exclusão por completo”.
O representante do DCE, Alessando Bastos, destacou que em 2018 é preciso lutar para garantir direitos conquistados. “Falar de políticas de ações afirmativas é permitir acesso, garantir a permanência e fazer da universidade um espaço acolhedor. Por isso, convido a todos os estudantes a se juntarem na defesa da universidade que é nossa”.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia - Sintest/BA-Uefs, Daiana dos Santos Alcântara lembrou que “é necessário refletir a política de acesso e permanência na Uefs não somente para estudantes, mas para os servidores técnicos e docentes”.
A palestrante, professora Elielma Ayres Machado, doutora em Antropologia Cultural, disse que “as universidades estaduais estão passando por um momento extremamente delicado e isso demonstra que elas têm um protagonismo muito próprio na mudança que está em curso na sociedade brasileira, ou seja, que é preciso ter uma universidade mais universal, com acesso mais democrático, com a permanência dos estudantes e que a diversidade seja respeitada e contemplada com a mudança de currículo, cursos oferecidos em horários alternativos e até no oferecimento da educação à distância entre outras ações”.
Participaram, ainda, da Aula Magna pró-reitores, diretores de Departamentos, coordenadores de Colegiados, estudantes, servidores técnicos e docentes e Maria de Lourdes Souza Santana, presidente do Conselho Municipal das Comunidades Negras, Indígenas e Quilombolas de Feira de Santana e do Núcleo Cultural, Educacional e Social Odungê.